Despesa com apoios Covid disparou entre janeiro e março
A despesa com medidas extraordinárias da Segurança Social criadas para responder às consequências da pandemia acentuou-se no 1.º trimestre deste ano, superando a previsão de despesa para o total do ano.
Os apoios concedidos pela Segurança Social a empresas e famílias chegou perto dos 805 milhões de euros entre janeiro e março. Só nestes primeiros três meses de 2021, que foram de confinamento e forte restrição à atividade económica, a Segurança Social gastou 42% do total da despesa com apoios concedidos no ano passado.
A 3.ª vaga da pandemia obrigou a novas medidas sanitárias no início do ano, impondo restrições ao funcionamento de muitas atividades, o que obrigou o Governo a intensificar os apoios sociais a empresas e famílias. Assim, os cerca de 805 milhões de euros executados no primeiro trimestre do ano, superam já a estimativa de despesa orçamentada para todo o ano de 2021 (de 776 milhões de euros).
As medidas lay-off e apoio extraordinário à retoma progressiva representam a maior fatia da despesa (502 milhões de euros) e custaram entre janeiro e março metade da despesa gasta em 2020 com medidas de apoio aos custos de trabalho.
O total de 804,9 milhões de euros em medidas extraordinárias da Segurança Social até março inclui ainda apoios na ordem dos 147,4 milhões de euros em outras prestações sociais, designadamente o apoio excecional à família (33,8 milhões de euros), subsídio de doença Covid (48,3 milhões), prestações por doenças profissionais (2,7 milhões), isolamento profilático (51,6 milhões) e subsídios de assistência a filho e a neto (10,8 milhões).